Seja um seguidor do site

CROMATOGRAFIA EM PAPEL - CONCEITOS FUNDAMENTAIS SOBRE CROMATOGRAFIA

O termo cromatografia pode ser atribuído ao botânico russo Mikhael Semenovich Tswett que, em 1906, o empregou para descrever o processo utilizado para separar os pigmentos de folhas de plantas. Ele adicionou o extrato dessas folhas em éter de petróleo em colunas de vidro contendo carbonato de cálcio em pó. A separação foi observada mediante as diferentes colorações que apareceram na coluna. Dessa forma, o termo cromatografia deriva do grego “chrom” (cor) e “graphe” (escrever), embora Tswett tenha indicado que o método não depende da cor, exceto para facilitar a visualização das frações separadas (Degani et al., 1998; Collins et al., 2010).
A cromatografia pode ser definida como um método físico-químico de separação de misturas, efetuada através da distribuição dos componentes dessa mistura em duas fases, que estão em contato. Dessas fases, uma se move (fase móvel) através da outra (fase estacionária). Durante a migração da fase móvel através da fase estacionária, os componentes se distribuem seletivamente entre essas fases, resultando em migrações diferenciais (Collins et al., 2010).
Existem diferentes modalidades de cromatografia que podem ser classificadas de acordo com o mecanismo de separação envolvido e os diversos tipos de fases utilizadas. Uma dessas modalidades é a cromatografia em papel, que é um método simples para análise de amostras em quantidades pequenas.
Pode ser utilizada para a separação e identificação de açúcares, antibióticos hidrossolúveis, aminoácidos, pigmentos e íons metálicos (Ribeiro; Nunes, 2008). Neste método, o papel constituído de celulose pode absorver até 22% de água, dessa forma a água funciona como a fase estacionária.
A celulose é formada por várias unidades de glicose que possuem hidroxilas, interagindo, por ligação de hidrogênio, com as moléculas de água. Já a fase móvel corresponde aos solventes orgânicos que, em geral, são menos polares que a água (Collins et al., 2010). Na cromatografia em papel a separação está baseada no mecanismo de partição líquido-líquido, ou seja, os componentes de uma mistura são separados pela suas diferenças de solubilidade nas duas fases imiscíveis (fase estacionária e móvel) (Degani et al., 1998).
Dessa forma, a cromatografia em papel pode ser adequada para discutir o conceito de polaridade.

Referência: OLIVEIRA, Gislei A. de; SILVA, Fernando C.. Cromatografia em papel: reflexão sobre uma atividade experimental para discussão do conceito de polaridade. Quím. nova esc. – São Paulo-SP, BR. Vol. 39, N° 2, p. 162-169, MAIO 2017.

Comentários

Postagens mais visitadas