Descobrimos anteriormente o que vem a ser Hidrocarbonetos e como podemos classifica-los. Agora, vamos reconhecer
as substâncias que apresentam as principais funções orgânicas através de sua
nomenclatura, começando pelos hidrocarbonetos, é claro, mas sabendo que, a partir dessa nomenclatura, é possível nomear todos os outros compostos orgânicos, diferenciando apenas suas terminações, devido a diferença de função (álcool, éster, cetona, etc.).
Nomenclatura dos alcanos
Alcanos
não-ramificados
Sua
nomenclatura, segundo a IUPAC, é caracterizada pela terminação ANO. Os quatro
alcanos mais simples, com até quatro átomos de carbono, têm nomes especiais,
que foram conservados por tradição:
Os
alcanos de cinco ou mais átomos de carbono já têm uma nomenclatura mais lógica.
Seus nomes são formados por um prefixo (de origem grega ou latina), que indica
o número de átomos de carbono na molécula, seguido da terminação ANO,
característica dos alcanos.
E,
daí em diante, temos: com 11 carbonos, undecano; com 12, dodecano; com 13,
tridecano; com 14, tetradecano; com 20, eicosano; com 30, triacontano; com 40,
tetracontano; etc.
Nomenclatura dos alcenos
Alcenos não-ramificados
Segundo
a IUPAC, a nomenclatura dos alcenos é semelhante à dos alcanos, bastando
trocar-se a terminação ANO pela terminação ENO. Por exemplo:
Para
cadeias maiores torna-se necessário citar a posição da ligação dupla (lembre-se
que a ligação dupla é sempre o “local” mais importante na estrutura de um
alceno). Acompanhe os exemplos abaixo:
Como
os dois primeiros compostos são diferentes, seus nomes deverão ser,
evidentemente, diferentes. As regras da IUPAC mandam indicar a posição da
ligação dupla por meio de um número. Deve-se então numerar a cadeia a partir da
extremidade mais próxima da ligação dupla e citar o menor dos dois números que
abrangem a ligação dupla, escrevendo-o antes da terminação ENO. Temos então:
Veja
que, para o primeiro composto, é errado numerar e dizer:
pois
o carbono deve ser enumerado a partir da extremidade mais próxima em que se
encontra a instauração (ligação dupla).
Nomenclatura dos alcadienos
Dienos não ramificados
Segundo
a IUPAC, a terminação dos nomes dos alcadienos é dieno (onde di lembra duas e
eno lembra a dupla ligação). A cadeia principal deve ser a mais longa e passar,
obrigatoriamente, pelas duas ligações duplas. A numeração da cadeia principal
deve ser feita de modo que os números indicativos das posições das ligações
duplas e das ramificações sejam os menores possíveis.
Exemplos:
Nomenclatura dos alcinos
Alcinos não ramificados
A
nomenclatura IUPAC atribui aos alcinos a terminação INO. Em uma nomenclatura
mais antiga, consideravam-se os alcinos mais simples como derivados do
acetileno. Desse modo, temos:
Nos
alcinos mais complexos, a nomenclatura IUPAC é feita de modo semelhante à dos
alcenos.
Aqui,
também, a cadeia principal é a mais longa que contém a ligação tripla; e a
numeração é feita a partir da extremidade mais próxima da ligação tripla.
Exemplos:
Com a fórmula C4H6 temos
duas possibilidades:
É isso aí!!
Um mol de abraços.
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